Uso de Plataformas digitais de ensino nas escolas secundárias época de COVID-19 em Moçambique

Índice

Resumo

Uso de Plataformas digitais de ensino e aprendizagem nas escolas secundárias na época de COVID-19 em Moçambique. 6

Uso de TIC nas Escolas secundárias. 7

Inserção das TIC no Sistema de Educação em Moçambique. 8

O estágio actual 9

Principais constrangimentos e as possíveis soluções. 10

Soluções: 10

O Fraco acesso a recursos digitais e a sua influência na introdução das TIC em Moçambique. 10

Literacia digital por parte dos Professores em Moçambique. 12

Plataformas digitais de ensino e aprendizagem nas escolas secundárias. 13

MoodleCloud®.. 13

Recursos pedagógicos da plataforma MoodleCloud e suas vantagens. 14

Os principais desafios para a consolidação no uso dessa plataforma. 15

Conclusão: 16

Referencia bibliografica: 17

 
Resumo:

Diante do novo quadro e subida de número de casos da pandemia de COVID-19, constatando-se também que os avanços tecnológicos têm acarretado para a sociedade e a prática pedagógica, impõe-se cada vez mais uma reflexão sobre os impactos da tecnologia na prática pedagógica uma vez que a dinâmica das relações sociais exigem, de certo modo, que a escola integre no processo educacional as novas tecnologias. 


Diante deste cenário o objectivo geral deste trabalho foi o de realizar um levantamento sobre alguns tipos de plataformas digitais existentes na internet e como objectivo científico seleccionar uma que se adequa naquilo que é o com texto Moçambicano. 


Como metodologia utilizou-se a pesquisa bibliográfica, a partir da qual será possível explorar melhor e aprofundar seu estudo em análises posteriores, proporcionando maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito. 


Conclui-se que existe uma grande variedade de plataformas digitais e uma dela servira como proposta neste trabalho. 

Em alguns casos usando uma infra-estruturas 100% digital, que possibilitam hoje à professores e alunos buscar conhecimentos de forma mais rápida, prazerosa e até mesmo auxiliar nas práticas pedagógicas e de ensino aprendizagem. 


Por isso a escola deve estar atenta aos avanços tecnológicos e seus impactos na vida em sociedade, ampliando inclusive a possibilidade de criar novas metodologias que tornem o ensino criativo e atractivo para alunos e professores. 


Professores, alunos, gestores, pais de alunos, todos podem ser beneficiados com os desenvolvimentos das novas tecnologias de informação e comunicação.

 Palavras chaves: plataformas digitais, uso de TIC nas Escolas Secundárias, Moçambique.

I. Introdução

Com as escolas fechando quase em todo o território nacional devido a pandemia do COVID-19, obrigadas a dar aulas à distância, as plataformas digitais passaram a ser mais utilizadas. 

Este trabalho pretende explanar sobre: uso de Plataformas digitais de ensino e aprendizagem nas escolas secundárias na época de COVID-19 em Moçambique, a importância de existir uma plataforma pedagógica adequada para suprir as aulas em confinamento uma vez que o ensino presencial de momento não é viável devido à pandemia mundial existente.

Facilitando assim a leitura o trabalho foi estruturado da seguinte forma, resumo, introdução, desenvolvimento, referencial teórico, conclusão e a respectiva referência bibliográfica.


 Uso de Plataformas digitais de ensino e aprendizagem nas escolas secundárias na época de COVID-19 em Moçambique

A pandemia COVID-19 constitui uma ameaça a nível global para a educação em Moçambique. Os novos dados mostram que quase todas as escolas secundárias do centro e sul do país encontram-se fechadas devido a pandemia do COVI-19.

De acordo com a UNESCO, mais de 160 países fecharam as escolas na primeira eclosão do ano passado, o que corresponde a um impacto de 87% de estudantes. 

O encerramento das escolas interrompe as oportunidades de aprendizagem de milhares de estudantes moçambicanos dentre crianças, jovens e adultos especialmente para os mais desfavorecidos. 

Os efeitos negativos do COVID-19 nas crianças e sistemas de educação por todo o mundo são incomparáveis. Fase a este fenómeno surge uma nova oportunidade de cada um não ficar só aguardando a retoma das aulas o ensino pela internet.

O Ensino pela Internet no ambiente educacional, a internet vem assumindo uma importante função de apoio pedagógico, como recurso mediador de uma aprendizagem dinâmico. 

Porém é importante enfatizar que este recurso não substitui a figura do professor, ele apenas auxilia no processo de ensino e aprendizagem. É necessário que professor saiba utilizar essa ferramenta de maneira apropriada para o bom desempenho e eficácia de seu trabalho escolar. 

O uso da internet na educação, no qual mostra como a internet está inserida dentro do contexto educacional do pais e como vem se tornando uma importante ferramenta pedagógica para ensino e aprendizagem.  


 A qualidade da aprendizagem e o alcance dos níveis padrão de alfabetização e numerária estão agora em risco, porque o ensino e a aprendizagem em casa ainda não foram desenvolvidos e muitas crianças e professores não possuem a facilidades adequadas da Tecnologia, Informação e Comunicação (TIC).

Os professores não têm recursos suficientes para gerir o ensino em casa e monitorar ou colectar tarefas realizadas em casa por crianças. 


O controlo geral da qualidade do ensino ou aprendizagem em casa será difícil, porque o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), a Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano (DPEDH) e os Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT) também não possuem ferramentas ou equipamentos, nem foram treinados como fazê-lo, para monitorar o trabalho feito por os alunos em casa.

A internet pode ser utilizada como uma mídia de pesquisa e comunicação, como ferramenta de trabalho e entretenimento como meio de negócio, facilitando a vida pessoal e profissional.

E isso não é diferente na área de educacional, a internet tornou se um importante recurso pedagógico, aplicando as possibilidades e formas de aprender e ensinar.


 Uso de TIC nas Escolas secundárias

Uso de TIC nas Escolas secundárias

Segundo o artigo publicado por
Gilberto Luís António, Clara Pereira Coutinho do II Congresso Internacional TIC e Educação (2010:17) diz que:

No Ensino Secundário 90% das escolas do 2º ciclo possuem salas de informática fornecida pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Parceiros ou Organizações Não Governamentais, sendo que cerca de 40% possuem ligação à Internet (no 1º ciclo o número é residual). 

Adicionalmente, os novos currículos incluem a disciplina de TIC no tronco comum da 11ª e 12ª classe e as TIC como meio de ensino na 10ª. 

No entanto como citado em cima que apenas o 2º ciclo possuem salas de informática e se formos a analisar os dados acima iremos constatar que na sua maioria são as escolas que estão localizadas nas cidades e em algumas escolas das sedes distritais.

Diante das evoluções socioculturais e tecnológicas que a sociedade contemporânea tem vivenciado, busca-se aqui compreender os desafios e as possibilidades que a educação vem enfrentando para acompanhar este actual cenário.

 Segundo Moraes citado VALENTE (1998) a escola precisa ter oportunidades de acesso a esses instrumentos e adquirir capacidade para produzir e desenvolver conhecimentos utilizando a TIC.

Entretanto, o simples acesso à tecnologia, em si, não é o aspecto mais importante, mas, sim, a criação de novos ambientes de aprendizagem e de novas dinâmicas sociais a partir do uso dessas novas ferramentas.

Diante do exposto, a tecnologia deve ser utilizada como um catalisador de uma mudança do paradigma educacional (VALENTE 1998)

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) proporcionam novas formas de reprodução do conhecimento no ambiente escolar.

Inserção das TIC no Sistema de Educação em Moçambique

A introdução desta disciplina inscreve-se na perspectiva de tornar o ESG mais relevante e profissionalizante respondendo, deste modo, aos desafios da globalização. 

As TIC´s neste ciclo serão usadas como meio de ensino na leccionação das diferentes disciplinas. Assim, espera-se que sejam explorados os recursos disponíveis tais como a rádio, a televisão, a internet, entre outros.

Os alunos serão encorajados a usar as TIC´s para resolver problemas, buscar e sistematizar informação, fazer experiências, entre outras actividades oferecidas pelos diferentes meios de comunicação e informação.

A utilização das TIC´s como meio de ensino, não só permitirão que os alunos as usem para vários fins, como também ajudará na aquisição de conhecimentos de diferentes disciplinas.

 Na 10ª classe as TIC´s serão introduzidas como disciplina. Nesta classe, o ensino das TICs visa:

Desenvolver habilidades relacionadas com a busca e sistematização metódica de informação, com recurso a vários meios de comunicação.

No ESG2, dar-se-á continuidade a perspectiva de ensino já iniciada no ESG1:

Uso das TIC´s como meio para o acesso aos conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares, isto, é o ensino através das TCI; leccionação da disciplina de TIC´s que irá desenvolver nos alunos competências que lhes permitirão:

Aplicar os seus conhecimentos na resolução de problemas.

Desenvolver um conjunto de conhecimentos e técnicas de sistematização, tratamento de informação, aplicações, pesquisa e a utilização interactiva das novas tecnologias de informação e comunicação.

Segundo Plano estratégico da educação (2012-2016) para a integração das TIC na Educação existem indicadores qualitativos imprescindíveis para o sucesso da integração das TIC no contexto educativo:

  • A Disponibilidade de TIC.
  • A Organização da escola para uso das TIC.
  •  A Formação dos educadores/professores para uso das TIC.
  • A Presença das TIC nas práticas pedagógicas.

O estágio actual

Actualmente estão em curso no país várias acções que vão desde a introdução das TIC em inúmeras actividades económicas e sociais e também a sua introdução no sistema de ensino. 

Nesse sentido, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) tem vindo a desenvolver um conjunto de actividades no âmbito da promoção e desenvolvimento das TIC, para potenciar a integração das comunidades na Sociedade da Informação. São de destacar as seguintes:

1.      A Rede Electrónica do Governo, denominada GovNet, é uma iniciativa que se encontra a ser desenvolvida pelo Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTICT), sob a alçada do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), tendo sido iniciada em 2003.

2.      Projecto SchoolNet Mozambique

O projecto arrancou inicialmente com o nome “Internet para Escolas” (1998-2002), tendo uma abrangência de 25 escolas, incluindo escolas secundárias, Instituto do Magistério Primário (IMAP), institutos médios e escolas técnicas.

O objectivo era introduzir a formação a nível de informática, explorar a integração das TIC no processo de ensino/aprendizagem, 

encorajar as escolas a tornarem-se centros de partilha de informação e comunicação, providenciar oportunidades de formação e promover o uso e acesso da Internet como meio de partilha de informação.

3.       Projecto “Um computador por aluno”

A associação One Laptop per Child, em parceria com o Ministério da Educação, tem vindo a desenvolver um projecto homónimo que em Português é denominado 

“Um computador por aluno”. Iniciado em 2010, tem como objectivo munir todas as crianças de um computador de baixo custo, com baixos consumos energéticos e resistente.

4.      A MoRENet é uma das iniciativas do MCT no âmbito das TIC e tem como principal objectivo estabelecer uma rede de dados nacional que vai interligar as diversas instituições de investigação, pesquisa e ensino superior em Moçambique.


Principais constrangimentos e as possíveis soluções

A falta de manutenção dos poucos computadores que existem e fundos para manter operacionais os equipamentos informáticos é também apontada neste documento como sendo um dos constrangimentos para a não utilização integral das TIC´s como um instrumento de auxílio a gestão pedagógica do ensino.

 A sua integração no currículo do ensino básico como meio de ensino e comunicação ainda é limitada, por razões acima apresentadas. 

Os alunos do ensino secundário mostram pouco domínio na utilização do computador, facto que concorre para a avaria sistémica dos aparelhos e a sua manutenção é deveras difícil.

Soluções:

Diante desta limitada capacidade financeira e patrimonial para a instalação do equipamento informático nas escolas básicas, o celular é uma solução sustentável e não onerosa. 

O uso do celular e a sua manutenção como um elemento integrante no processo de ensino e aprendizagem não exige a existência de dolarcracia e infra-estruturas para a sua montagem porque constitui uma ferramenta de fácil acesso, mobilidade, uso, massificado e sem custos onerosos. 

Isso quer dizer que quando o celular está conectado a internet, este facilita as pesquisas e aprendizagens interactivas sem precisar de as pessoas se deslocarem para um determinado espaço físico. 

Portanto, o celular é um recurso pedagógico capaz de auxiliar o processo de ensino e aprendizagem, dado que o professor e o aluno não estão determinados a

  •  Desenvolvimento de programas especializados de TIC, em instituições de ensino e investigação, em ambos os sectores privado e público.
  • Revisão de currículos escolares, enfatizando a formação em TIC ao nível do ensino secundário e universitário;
  • Introdução de disciplinas de TIC em currículos para cursos não técnicos, formando os futuros diplomados em utilização de TIC.

O Fraco acesso a recursos digitais e a sua influência na introdução das TIC em Moçambique

As estatísticas apresentadas no quadro abaixo revelam-nos que, apesar dos esforços e dos progressos realizados, subsistem limitações e utilização das TIC.

Segundo a International Telecommunications Unit, Moçambique, apresenta os seguintes indicadores:

Indicadores de Telecomunicações

 

2007

2010

Linhas Telefónicas fixas (por 100 habitantes)

0,36

0,38

Subscrições de telemóveis (por 100 habitantes)

14,12

30,88

Lares com Computadores

3,8%

--

Lares com Acesso à Internet

0,9 %

--

Utilizadores de Internet (por 100 habitantes)

0,91

4,17

Subscrições Banda Larga (por 100 habitantes)

0,03

0,06

(Fonte: International Telecommunications Unit, 2011).

O IDI – ICT Development Index tem por base indicadores de acesso, utilização e competências e permite não só a análise evolutiva do país como também o benchmark internacional. 

O grau de desenvolvimento de Moçambique é ainda reduzido, sendo colocado na 153ª posição do IDI (1,05), num total de 159 países. 

O país melhor posicionado é a Suécia (7,85) e o país Africano que surge primeiro na lista são as Seychelles (3,64), na 66ª posição.

Analisando os sub-índices verifica-se que Moçambique apresenta melhores posições em termos de acesso (141º) e utilização (149º). No entanto, no que concerne às competências, posiciona-se nos últimos lugares (155ª posição).

A introdução das TIC no Ensino Secundário Geral contribuirá para a capacitação dos cidadãos Moçambicanos e fomentará o crescimento do acesso à internet.


Literacia digital por parte dos Professores em Moçambique

A utilização das TIC por parte dos professores, vai para além das questões meramente educativas, pois reflecte a “dinâmica da sociedade” e a “organização do estado” (Paiva, citado lima, 2002:129). 

É uma problemática que não pode ser isolada do contexto social no qual está inserida.

Segundo o mesmo autor diz que, a utilização das TIC está também relacionada com a formação de professores. 

Ter como dados adquiridos um bom apetrechamento informático e uma formação adicional, não são garantias suficientes para se verificar um uso sistemático e de qualidade das TIC no meio educativo.

As tecnologias da informação e comunicação vêm promovendo grandes mudanças no cenário social e educacional e cada vez mais, desafios e possibilidades são apresentados aos professores.

Para Lima (2006):

A sociedade está com uma gama de informação muito grande e requer do professor, mais do que qualquer outro momento, capacitação profissional, seja por meio da formação inicial ou continuada e que para isso, é necessário que ele esteja em constante reflexão sobre sua prática, a fim de posicionar-se frente às questões sociais, pois a experiência por si só não é formadora.

Nesse sentido, é importante que o professor busque o conhecimento, para compreender as mudanças que vem acontecendo, pois a inserção das novas tecnologias da informação e da comunicação no ensino secundário em Moçambique, já passou por várias fases, sendo necessário estar em constante formação, para acompanhar as demandas sociais.

Entre as competências necessárias que os professores devem possuir para o uso efectivo das TIC, destaca-se as seguintes (Ellis Kuerbis, 1989, citado em Lima, 2006):

  • Possuir conhecimentos acerca do computador;
  • Possuir conhecimentos acerca das aplicações do computador no ensino da disciplina;
  • Saber aceder, seleccionar e processar grandes quantidades de informação disponível na Internet;
  •  Utilizar recursos como correio electrónico, fóruns, videoconferência;
  • Identificação, avaliação e adopção de software.

Plataformas digitais de ensino e aprendizagem nas escolas secundárias

PLATAFORMAS DIGITAIS DE ENSINO

As “Plataformas digitais de ensino e Aprendizagem” nas escolas secundárias permitem a criação de páginas de apoio a comunidades de aprendizagem, 

ofertas formativas online, unidades curriculares e grupos de trabalho, podendo ser utilizadas muito para além de um mero repositório de recursos mas também contemplado actividades que permitem aos estudantes interagir entre si e com professores.

Com o desenvolvimento das tecnologias, deparamo-nos, a cada dia, com uma diversidade enorme nas formas de interagir com as pessoas. Porém, as mudanças não aconteceram de forma tão simples.

Face à pandemia provocada pelo novo coronavírus, a escola viu-se obrigada a adoptar plataformas digitais para comunicar dentre as quais: 

facebook, watssap, telegrama entre outras plataformas digitais. Se até então o ensino presencial era o principal mentor do processo de ensino, devido às contingências actuais as escolas tiveram que adoptar o ensino à distância.

Existem diferentes tipos de plataformas educativas que integram diferentes ferramentas, segundo o tipo de actividade a que estão destinadas.

 Atendendo e considerando que muitas escolas em Moçambique usam o Whatsapp, que é uma plataforma que não foi desenhada para fins pedagógico, apresento asseguir uma proposta duma Plataforma que foi desenhada para este fim:

O MoodleCloud®

Moodle significa Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment. 
É um software de código aberto que constitui um sistema de gestão de aprendizagem (LMS –Learning Management System) e é utilizado como ferramenta de apoio ao processo de ensino e à aprendizagem.

MoodleCloud® funciona online, como uma plataforma Moodle normal, mas com a vantagem de não necessitar de qualquer instalação. 

É também um (LMS) Learning Management System que os professores já poderão estar familiarizados.

Cada professor pode gerir a sua unidade curricular autonomamente em ligação permanente com os estudantes. 

A componente gratuita desta plataforma permite um máximo de 50 participantes, o que pode resultar para uma ou duas turmas.


Recursos pedagógicos da plataforma MoodleCloud e suas vantagens

O uso de recursos e ferramentas específicas pode trazer vantagens importantes ao processo de ensino-aprendizagem e possibilitar situações únicas, que favorecem o desenvolvimento do aluno, bem como o trabalho colaborativo e a geração de conhecimento compartilhado. 

Entre os benefícios cita-se, por exemplo, que o uso da ferramenta Banco de Dados é útil em muitas situações de aprendizagem e avaliação.

Ferramenta Chat faz com que os estudantes se sintam co-responsáveis pelo desenvolvimento da aula, favorecendo a responsabilidade individual e a autonomia no processo de aprendizagem.

O uso da ferramenta Enquete é útil na efetivação de ajustes com rapidez, visando garantir a motivação dos alunos em cursos a distância, bem como um meio rápido de avaliação diagnóstica, que pode auxiliar na redução da evasão e abandono dos cursos por parte dos alunos.

O uso da ferramenta Fórum permite criar oportunidades de debate de ideias e crítica, com grande participação dos estudantes e bons resultados pedagógicos, uma vez que se trata de um espaço promotor de diálogos e de desenvolvimento de ideias.

Já o uso de glossários, em programas de ensino a distância, auxilia a criação de um ambiente de comunicação e co-autoria, que, norteado por princípios de interactividade, contribui significativamente para a aprendizagem online.

Já o uso de Hot Potatoes ajuda a desenvolver habilidades genéricas de auto-aprendizagem, facilita a auto-avaliação e a confirmação dos conhecimentos adquiridos e obriga o aluno a adequar o sequenciamento da aprendizagem de forma sistemática e estruturada. 

Para docentes, o uso da ferramenta, além de favorecer a inovação pedagógica e o uso de TIC na educação, é útil para criar exercícios de auto-avaliação de forma rápida, fácil e acessível, sem a necessidade de conhecimentos de programação.

A ferramenta Lição possibilita a formação do pensamento teórico, assentado em reflexão, análise e planejamento, que conduz ao desenvolvimento psíquico e intelectual do aluno.

A ferramenta Questionário do Moodle é uma poderosa e flexível aliada no monitoramento e diagnóstico da compreensão dos alunos sobre os conteúdos ministrados e conhecimentos apresentados. 

Já a ferramenta Tarefa favorece a colecta de respostas mais autênticas desenvolvidas ao longo do percurso de aprendizagem, bem como o feedback das actividades.

Uso da ferramenta wiki é que talvez esta seja, ao lado dos fóruns, o recurso do Moodle que mais favorece a construção colaborativa de conhecimento ao permitir que os alunos

 participantes de um curso trabalhem juntos, compartilhando, adicionando, completando ou alterando determinado conteúdo.


Os principais desafios para a consolidação no uso dessa plataforma

Para o Moodle funcionar plenamente. Para que ele seja personalizado e adaptado às necessidades de instituições, professores e alunos, é preciso conhecimento técnico.

Tanto para instalar e fazer o passo a passo necessário, como para configurar. E para deixar a plataforma EaD pronta para o uso.

É uma tarefa complexa por conta da grande diversidade de configurações e recursos existentes. Por isso, é necessário conhecimento técnico. 
Somente assim se extrai o máximo da ferramenta.

Da mesma forma, é preciso customizar o ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Esse é outro ponto crucial. 

Afinal, é após a customização que o ambiente torna-se ainda mais amigável e intuitivo para quem o usa.

O Moodle é um software livre, ou Open Source, portanto, ele é gratuito e pode ser copiado, modificado e redistribuído pelos usuários gratuitamente.

Entretanto, software livre não é sinônimo de custo zero. Há custos com a equipe de TI, necessária para implantá-lo, tempo para realizar as necessárias customizações e investimento em infraestrutura.

É preciso montar ou terceirizar sua equipe de TI e uma estrutura de hardware e software básicos para atender às suas necessidades.

Os programadores envolvidos na implantação do sistema precisam saber PHP e MySQL.

 Conclusão:

Ao fazer uma análise inferimos que existe uma estreita relação entre o papel que os professores atribuem às tecnologias e a frequência e a forma como as utilizam na sala de aula com os alunos. 

Consequentemente, este factor, assim como outros também identificados, inerentes ao professor, precisam ser compreendidos como contribuição para a disseminação das TIC no país. 

Ainda os professores não têm recursos suficientes para gerir o ensino em casa e monitorar ou colectar tarefas realizadas em casa por crianças. 

O controlo geral da qualidade do ensino ou aprendizagem em casa será difícil, porque o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), 

a Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano (DPEDH) e os Serviços Distritais de Educação, 

Juventude e Tecnologia (SDEJT) também não possuem ferramentas ou equipamentos, nem foram treinados como fazê-lo, para monitorar o trabalho feito por os alunos em casa.

A utilização das TIC por parte dos professores, vai para além das questões meramente educativas, pois reflecte a “dinâmica da sociedade” e a “organização do estado” (Paiva, citado lima, 2002:129). É uma problemática que não pode ser isolada do contexto social no qual está inserida. 

As “Plataformas digitais de ensino e Aprendizagem” nas escolas secundárias permitem a criação de páginas de apoio a comunidades de aprendizagem, ofertas formativas online, unidades curriculares e grupos de trabalho,

podendo ser utilizadas muito para além de um mero repositório de recursos mas também contemplado actividades que permitem aos estudantes interagir entre si e com professores.


Referencia bibliografica:

António, G. L, Coutinho, C. P. do II Congresso Internacional TIC e Educação (2010:17)

Amante, L. (2007). As TIC na Escola e no Jardim-de-Infância: Motivos e Factores para a sua Integração. Sífiso, 3, 53 – 64

Castiano, José & Ngoenha, Severino Elias (2013). A longa marcha duma educação para todos em Moçambique. 3ª Edição. Maputo, Moçambique: Publix, Lda. 

International Telecommunications Unit, (2011).

José da Cruz Andrade e Silva, Dissertação de mestrado apresentada à Universidade Aberta em cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Comunicação Educacional Multimédia sob a orientação da Professora Doutora Lúcia Amante. Lisboa, Novembro de 2014.

Menezes, E. P (2003). Novas Tecnologias: repercussões no tempo e no espaço da educação a distância. Universidade Salgado de Oliveira.

Ministério da Educação (2012). Plano estratégico da educação 2012-2016: construindo competências para um Moçambique em constante desenvolvimento. Maputo, Moçambique: MINED.

Valente, J. A. (1998c). Análise dos diferentes tipos de softwares usados na Educação. Em J. A. Valente (org.). O computador na sociedade do conhecimento, 89-110. Brasília: Ministério da Educação.


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